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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Projeto que penaliza maus tratos aos animais é retirado de votação

A maioria da Casa decidiu pelo adiamento da votação com a justificativa que não houve tempo suficiente para análise total do projeto, que foi protocolado na secretaria legislativa na última sexta-feira (22)

A primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de São João do Ivaí foi realizada na noite dessa segunda-feira (25), com a presença de todos os vereadores. Na ordem do dia, foi colocado em primeira votação o projeto de Lei 02/2019, de autoria do vereador Alessandro Jubanski, que estabelece sanções e penalidades administrativas no âmbito municipal para todos àqueles que praticarem maus tratos aos animais.

Após o intervalo para discussão das comissões, o presidente da Câmara, José Lomba, anunciou que o projeto foi retirado da pauta pela Comissão de Justiça e Redação, alegando que a maioria dos vereadores decidiu pela revisão do projeto, argumentando que o mesmo foi protocolado na última sexta-feira (22), não sendo possível uma análise detalhada do texto. 
Alessandro Jubanski, autor do projeto
O autor do projeto ficou indignado com o adiamento, sustentando que o texto poderia ter sido votado, já que sua aprovação passará por três plenárias. “A causa animal não pode mais esperar e fico muito chateado por essa retirada da pauta, já que a Casa teria mais duas plenárias para apresentar emendas e e os devidos pareceres”, lamenta Alessandro Jubanski.

Os vereadores Valdomiro Matos, Almerindo Simões "Meira", Robson Esquisito e Paulo Henrique se pronunciaram sobre a retirada do projeto, destacando que objetivo é analisar o conteúdo. “Temos esse direito de analisar o conteúdo do projeto, pois representamos a população e temos que estar cientes do que estamos votando. Ninguém aqui está contra a causa animal”, frisou Miro Matos.

Já o vereador Paulo Henrique enfatizou que muitos populares o questionaram se a lei também penaliza às práticas culturais, desportivas e de lazer, como rodeios, provas de montaria, prova de laço, dentre outras.

“Não somos a favor dos maus tratos aos animais e sempre apoiamos as causas da APA [Associação de Proteção aos Animais]. Queremos apenas ler todo o texto com calma para ter total conhecimento do que estamos votando. Depois, somos cobrados na rua pela população e queremos saber explicar o que rege essa lei. O adiamento da votação também é uma oportunidade para que possamos acrescentar ao conteúdo e fazer emendas, se necessário”, concluiu Paulo Henrique.

Alguns membros da APA e simpatizantes da causa animal compareceram no plenário e não concordaram com a decisão da comissão. “Os maus tratos acontecem diariamente em nossa cidade, e quando existe um apoio importante como esse, os vereadores adiam a votação. Convidamos a população para vir na próxima sessão apoiar o projeto”, assinala a presidente da APA, Maria Aparecida de Souza. (A próxima sessão ocorrerá na segunda-feira, dia 07 de março, devido à próxima segunda (03) ser recesso de Carnaval).

EXPLICAÇÃO

O projeto de Lei apresentado pelo vereador Alessandro Jubanski regulamenta no âmbito do município a Lei Federal 9.605/98. No Art. 2º da lei municipal, fica estabelecido que: entende-se por maus tratos qualquer ação decorrente de imprudência, imperícia ou ato voluntário e intencional que atente contra a saúde e necessidades naturais, físicas e mentais dos animais.

O artigo possui 18 incisos, entretanto, no parágrafo primeiro, o autor do projeto deixa explícito que não será caracterizado maus tratos a prática de rodeio, prova de montaria, prova de laço, apartação, prova de rédeas, prova de balizas, prova dos três tambores, Team Penning, Work Penning, Ranch Sorting, hipismo clássico e hipismo rural.

“Nossa intenção não é acabar com as atividades desportivas da cultura popular. Queremos apenas garantir a saúde dos animais, e penalizar todos que promovem maus tratos, que fazem os animais sofrerem. Temos diversos casos já constatados em nossa cidade, e essa lei vem para punir os responsáveis. Queremos criminalizar os autores e também aplicar punição em forma de multas”, descreve Jubanski.

As multas previstas no projeto variam de R$ 300,00 a R$ 2.000,00. 

  





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