O
governo do Paraná confirmou, no início da noite desta quarta-feira (26), que
vai pedir a suspensão do reajuste de 9,6% das tarifas de água e esgoto. Após
pedido da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), a revisão dos valores
foi autorizada pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar) e passaria a vigorar
a partir do dia 31 de outubro.
“O
requerimento será encaminhado ao órgão regulador pela Procuradoria-Geral do
Estado e sustentará que o reajuste compromete ainda mais o orçamento doméstico
de grande parte da população, que já convive com a queda de renda em razão dos
efeitos adversos da pandemia do novo coronavírus sobre o mercado de trabalho e
também por causa da calamidade hídrica”, diz a nota enviada à imprensa.
O líder do governo
na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Hussein Bakri (PSD), já havia
adiantado, na tarde desta quarta-feira, a possibilidade do governador Ratinho
Júnior reverter a homologação da Agepar. Durante a sessão plenária, Bakri disse
que é unânime na base que o momento não é adequado para o reajuste.
“Evidentemente que não concordamos e isso foi dito para todo o governo,
inclusive para o chefe da Casa Civil [Guto Silva]. Eu pessoalmente, se me
perguntar agora, acho que o governador tem plenas condições, já que é o chefe
de estado e poder de reverter uma situação como essa”, disse.
Reajuste
O anúncio de
reajuste foi feito pela Agepar nesta terça-feira (25). Segundo a agência, o
reajuste repõe custos da Sanepar com energia elétrica, pessoal, produtos
químicos nos tratamentos de água e de esgoto, manutenção e operação de redes,
estações e equipamentos e faz frente aos investimentos da companhia.
Segundo a Agepar, o
pedido de reajuste foi feito em fevereiro, mas em abril foi suspenso para
ajudar a enfrentar as dificuldades econômicas causadas pela pandemia do
Covid-19. A determinação durou 60 dias, prorrogada por mais 60 dias, encerrando
em 17 de agosto de 2020. (Informações Banda B)