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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Família de Godoy Moreira alega que está perdendo parte de sítio por causa de erro da justiça

 

Fotos: Gabriel Felipe (GF)

Uma família de produtores rurais está prestes a perder parte de um sítio, localizado na Água da Anta, em Godoy Moreira. Desesperados, eles procuraram a reportagem do Canal HP para tentar sensibilizar a juíza da comarca para que reveja o processo.


No começo do mês de outubro desse ano, após o processo correr na justiça da comarca em favor da cooperativa C.Vale, o oficial de justiça, acompanhado de policiais e agrimensores, foram até o Sítio Fluminense, que pertence a família, para cumprir a ordem e fazer a medição de 4,5 alqueires de terra que foram arrematados no leilão pela C.Vale.

O dia foi marcado por uma confusão, sendo que a família não deixou a ordem judicial ser cumprida. A senhora Maria de Fátima da Fonseca Schuindt, de 60 anos, se desesperou ao ver que estão prestes a perder a terra de onde tiram o sustento de 4 filhos e 10 netos, e passou mal, vindo a desmaiar.   


“É uma tristeza muito grande, o tanto que nós sofremos para criar os quatro filhos e 10 netos. Depois de velha passar por uma situação dessas é muito humilhante, muito difícil. Só Deus sabe o que estamos sofrendo. A família inteira depende da renda desse sítio. É muito triste. Eu quero que a justiça reavalie essa decisão”, pediu a produtora.  

Eli Schuindt 
O esposo da Dona Maria, o agricultor Eli Klen Schuindt, de 67 anos, é o proprietário do Sítio Fluminense. Ele contou a reportagem que o pedaço de terra que estão querendo desmembrar foi o primeiro adquirido por ele há mais de 40 anos, e que tudo está acontecendo por causa de um erro que teria acontecido dentro do Fórum da Comarca. 


  

“Tenho duas dívidas na C.Vale, mas como fui avalista de uma compra do meu primo, Nelson Schuindt, acabou somando três dívidas em meu nome. As duas que foram feitas por mim está como bem familiar, então não podem ser executadas e não me nego a pagar. Já a dívida do meu primo não é bem familiar, então eles executaram por causa do atraso no pagamento, como eu era avalista, a cobrança recaiu sobre mim, e por isso que leiloaram parte da propriedade, que tem um total de 16 alqueires”, descreve o agricultor.

A compra que gerou a execução foi feita por Nelson Shuindt, de 63 anos, que possui uma chácara em Barbosa Ferraz. Nelson alega que procurou a cooperativa e a justiça para pagar a dívida, mas alega que houve erro de cálculo e os advogados da cooperativa entraram com a ação diante ao erro.

Nelson Schuindt
“Eu devo e acertei no fórum, paguei, mas erraram o cálculo lá, e quando foram recalcular os advogados da cooperativa entraram com a ação. Quem errou no fórum eu não sei quem foi. Não estou me negando a pagar, eu pago a diferença, mas não é justo meu primo que foi avalista meu ser penalizado dessa forma”, avalia Nelson.

Os envolvidos na ação ainda detalharam que o cálculo inicial foi de R$ 4.007,62. “Eu paguei esse valor, o boleto está aqui para comprovar. Mas depois eles recalcularam e deu pouco mais de R$ 4.900,00. Em vez de me darem um novo boleto para pagar a diferença, entraram com ação e virou esse rolo”, disse o primo de Eli.

Ainda, de acordo com Eli Schuindt, suas dívidas na C.Vale não estão em execução e ele está disposto a quitar para não ter mais transtornos. “Tenho duas dívidas minhas que somadas dão uns R$ 18.000,00. Não me nego a pagar, mas com os recálculos que eles fazem lá alegam que a dívida passa de R$ 100.000,00”, contesta o agricultor, que está representado por um advogado de Londrina. 


 

Nossa reportagem procurou a unidade da C.Vale de São João do Ivaí e recebemos uma nota emitida pela assessoria da cooperativa com a seguinte resposta: "A C.Vale informa, em resposta às informações envolvendo o produtor Eli Klein Schuindt, de São João do Ivaí, que buscou um acordo para recuperação de crédito concedido em 2016. Após várias tentativas infrutíferas de acerto para viabilizar a quitação do débito, a cooperativa precisou recorrer ao Poder Judiciário para solucionar o impasse. Após ouvir as partes e analisar documentos referentes ao caso, a Justiça deu ganho de causa à C.Vale e determinou leilão de um imóvel para cobrir o débito. Assim, amparada em decisão judicial, a cooperativa arrematou um imóvel do produtor. Nossa posição é, sempre, buscar acordos e soluções amigáveis. As ações judiciais são o último recurso da cooperativa para evitar que os demais associados paguem, indiretamente, contas que não lhes dizem respeito".

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GODOY MOREIRA