A Polícia Civil do Paraná
(PCPR) prendeu na manhã dessa segunda-feira (28) duas pessoas por envolvimento
no crime contra a motorista de aplicativo Michelle Caroline Chinol, de 39 anos.
A vítima, que também era lutadora de MMA, foi encontrada morta dentro do
porta-malas de um carro, em Curitiba, no dia 14 de fevereiro.
Nesta segunda, uma operação
deflagrada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriu dois
mandados de prisão contra um casal. Um homem e uma mulher foram encaminhados à
delegacia.
Suspeitos presos
O casal preso na operação da
PCPR possui ligação com a vítima. A mulher suspeita de envolvimento era amiga
de Michelle. Nas redes sociais, a profissional se apresenta como Coach de Vida,
‘Te ajudo a fortalecer a relação mais importante da sua vida: com você mesma’.
Após a morte da lutadora, a suspeita chegou a criar um grupo em um aplicativo
de mensagem com uma amiga da vítima.
Já o homem preso na operação é
marido da Coach. O suspeito trabalha em uma empresa, onde os funcionários usam
um uniforme semelhante ao que um indivíduo aparece utilizando no dia do crime.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que suspeitos abandonam o veículo
na região do Ganchinho.
Após o carro ser deixado em um
local irregular, um guincho removeu o automóvel para o pátio de uma empresa de
leilões. Neste estacionamento, um funcionário do local sentiu um odor estranho
próximo ao veículo e o corpo de Michelle foi encontrado no porta-malas.
O delegado Victor Menezes, da
DHPP, revelou durante a investigação que imagens de câmeras de segurança
poderiam ajudar na identificação dos suspeitos. Segundo Menezes, a vítima foi
vista com vida pela última vez às 21h do dia 14 de fevereiro e já estava morta
às 21h50 do mesmo dia.
A apuração do horário
aproximado da morte da lutadora de MMA Michelle aponta a possibilidade de que o
suspeito envolvido na morte possa ter respondido mensagens no WhatsApp se
passando pela vítima, quando ela já estava morta. Prints de uma conversa de um
grupo entre a mulher e amigas mostram uma mensagem enviada do celular de Michelle
às 22h23, quase meia hora após a morte da mulher.
Uma pessoa do círculo de
amizades de Michelle, que preferiu não se identificar, contou que a lutadora
enfrentava problemas financeiros, e chegou a fazer uma “vaquinha” em janeiro
para arrecadar R$ 2.500. O preço da gasolina, segundo a própria vítima, estava
afetando a rentabilidade do seu trabalho e, a partir daí, ela começou a
emprestar dinheiro de algumas pessoas para pagar contas.
Ainda segundo a amiga,
Michelle chegou a emprestar uma quantia de aproximadamente R$ 11 mil, e esse
dinheiro estaria com ela na segunda-feira (14), dia em que manteve contato com
a família pela última vez. (Informações da RIC Mais)