Os pedidos foram discretos: chinelo, sapato,
boneca, camiseta, boné,item de uso cotidiano. Mascada solicitação ganhou um
significado maior no Lar Santo Antônio, em Ivaiporã. A Fatec levou mais do que
presentes de Natal: levou tempo, escuta e atenção a histórias construídas na
velhice.

No total, 50 idosos residentes
receberam presentes escolhidos a partir dos próprios pedidos. A ação foi realizada
na segunda-feira, 15 de dezembro, e organizada de forma individualizada:
colaboradores da Fatec adotaram um idoso e se responsabilizaram por atender
exatamente ao desejo registrado na lista encaminhada pelo Lar Santo Antônio.
A entrega contou com a participação de
professores, coordenadores e equipe administrativa da Fatec,
que fizeram questão de ir além do ato simbólico. Houve conversa, troca de
olhares, silêncio respeitoso e momentos de afeto que não cabem em números. Para
muitos idosos, o Natal se apresentou como presença e lembrança.
Empatia
A diretora do Lar Santo Antônio, Edna
Mello, comentou o impacto da iniciativa para os residentes. “Dependemos da
ajuda da sociedade. Quando alguém lembra do Lar Santo Antônio, a palavra é
gratidão. Se não houver empatia e amor, não é possível continuar”, afirmou Edna
Mello se referindo ao vínculo construído diariamente com os idosos.
A ação de Natal integra uma relação
contínua entre a Fatec e o Lar Santo Antônio. Durante o ano, acadêmicos
realizam estágios, projetos integradores e atividades ligadas principalmente à
área da saúde, mantendo presença constante. O Natal, neste contexto, surge como
um encerramento simbólico de um ciclo de convivência.
Para o diretor acadêmico da Fatec,
Roni Ferreira, a proposta de adotar os pedidos dos idosos reforça a importância
de olhar para cada pessoa de forma individual. “Cada colaborador escolheu um
idoso e atendeu exatamente ao que foi pedido. Não se trata apenas de presentear.
Mas de reconhecer quem está ali e respeitar a história de vida de cada
residente”, explicou Roni Ferreira.
Vínculos
A diretora administrativa da Fatec,
Laísa Ferreira, defendeu que sair das ‘quatro paredes’ da instituição é
essencial para compreender realidades muitas vezes invisibilizadas. “Os
residentes precisam se sentir pertencentes, lembrados e parte do mundo. A
presença dos alunos e colaboradores durante o ano ajuda a construir histórias e
vínculos”, afirmou Laísa Ferreira.
A proximidade entre a Fatec e o Lar
Santo Antônio vai muito além de momentos pontuais, como o Natal. “A Fatec está
conosco quando precisamos, seja em ações solidárias, apoio a eventos,
participação em jantares beneficentes ou no desenvolvimento de projetos
integradores no Lar Santo Antônio”, contou a assistente social Débora Cristina Silvaassegurando
que a parceria com a Fatec ultrapassa os limites da sala de aula.
Lúcia Lima - Assessoria de Imprensa