Um homem foi preso suspeito de matar a namorada e simular um acidente de trânsito em Minas Gerais. O caso ocorreu na rodovia MG 050, próximo ao município de Itaúna, onde o carro em que o casal estava colidiu contra um ônibus de turismo.
A vítima foi identificada como Henay Rosa Gonçalves Amorim (31 anos). Inicialmente o óbito foi registrado como decorrente do acidente. O suspeito, Alison de Araújo Mesquita, sofreu ferimentos leves, recebeu atendimento médico e fugiu do hospital após recusar internação.
Alison foi preso durante o velório da vítima, em um cemitério do município. A defesa afirma que Alison é “vítima de um trágico acidente”.
As investigações começaram após a denúncia de uma atendente de pedágio, por onde o veículo passou pouco antes da colisão. Segundo a funcionária, a vítima estava desacordada no banco do motorista, enquanto o companheiro, no banco do passageiro, conduzia o carro ao alcançar o volante.
“Mesmo alertado, ele recusou ajuda e seguiu viagem”, afirmou o delegado Flávio Destro, chefe do 7º Departamento da Polícia Civil. Pouco depois, ocorreu a colisão. A partir das imagens e do relato, a família acionou a polícia, que deu início às apurações.
Durante a investigação, a Polícia Civil identificou inconsistências entre a dinâmica do acidente e as lesões da vítima, indicando que ela já estaria morta antes da batida, o que levou à reclassificação do caso como feminicídio. O casal morava no bairro Nova Suíça, em Belo Horizonte, e mantinha um relacionamento havia cerca de um ano.
Segundo os investigadores, o suspeito teria colocado a vítima no banco do motorista e provocado a colisão do veículo contra o ônibus.
O médico-legista Rodolfo Ribeiro afirmou que o laudo de necropsia reforçou a hipótese de simulação do acidente. O exame indicou que a morte pode ter ocorrido antes da colisão, possivelmente por estrangulamento, além de apontar lesões compatíveis com traumatismo craniano.
Inicialmente, o empresário teria negado o crime, afirmando que a companheira teria passado mal dentro do veículo. Depois, ele teria confessado o feminicídio e apresentado sua versão dos fatos, diz a polícia. A defesa negou que Alison tenha confessado o crime.
Texto e foto: reprodução/TN Online, com edição NH Notícias












