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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Município suspende vacinação infantil após pai relatar suposta reação

 


A informação de que uma criança apresentou alterações nos batimentos cardíacos após tomar a vacina contra a Covid-19 levou a Prefeitura de Lençóis Paulista, no interior paulista, a suspender ontem (19) a campanha de imunização de crianças.

A decisão foi tomada pelo prefeito Anderson Prado (DEM) depois de circular um relato de que uma criança com asma teria apresentado alterações nos batimentos cardíacos e, segundo relato dos pais, chegou a desmaiar cerca de 12 horas após a aplicação da vacina.

A criança foi levada para uma clínica particular e transferida para um hospital em Botucatu, onde permanece sob observação. A Prefeitura de Lençóis Paulista informou que, segundo a família, a criança tem quadro estável e está consciente.

Em nota divulgada nas redes sociais, a prefeitura ainda afirmou que não teve acesso ao prontuário da criança. Mesmo assim, optou por suspender a vacinação infantil por sete dias.


O prefeito informou, no entanto, que pais ou responsáveis que procurarem espontaneamente a rede poderão vacinar os filhos.

A campanha de vacinação infantil foi iniciada na terça (18) e 46 crianças já haviam sido vacinadas no município. Segundo a prefeitura, elas serão monitoradas por técnicos da saúde, que vão atestar se houve ou não alguma nova reação indesejada.

Com cerca de 70 mil habitantes, a cidade possui 6.430 crianças de 5 a 11 anos.

O prefeito explicou que a decisão de suspender a campanha de vacinação para crianças foi tomada em reunião extraordinária do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do município, realizada na tarde desta quarta.

“O Comitê deixa claro que não existe dúvida sobre a importância da vacinação infantil. Mas, diante do ocorrido, será dado esse prazo para o acompanhamento e monitoramento diário das 46 crianças lençoenses vacinadas até o momento”, disse o prefeito em nota.

Ele afirmou que o prazo é necessário para aprofundamento sobre o caso de envio de relatórios aos órgãos de controle federais e estaduais: “A Secretaria de Saúde está solicitando autorização para acesso ao prontuário médico, uma vez que o atendimento ocorreu na rede privada”, acrescenta.

Antes da reunião do comitê, a prefeitura já havia publicado uma nota nas redes sociais oficiais relatando o caso.

Na nota, a prefeitura afirma que não teve acesso ao prontuário médico e, portanto, não tinha certeza se o quadro clínico da criança seria um efeito da aplicação da vacina.

A decisão do prefeito provocou reações nas redes sociais. Mas também ganhou o apoio de parcela da população, que informou que não mais vacinaria os seus filhos.

O prefeito defendeu a divulgação do caso nas redes da prefeitura: “Não há nada de alarmismo nessa medida. A decisão de tornar o caso público foi totalmente acertada e uma forma de mostrar transparência das medidas adotadas pela Administração”, disse o prefeito.

O prefeito Anderson Prado publicou nesta terça-feira (19) em suas redes sociais um vídeo em que é cumprimentado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) por ter conseguido junto ao Ministério da Saúde um lote de 10 mil testes para Covid-19 para a cidade.

Nesta semana, Zambelli enviou ofício ao ministério e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em que pede a suspensão da vacinação infantil “até a reavaliação de segurança”.

O prefeito afirmou não ter nenhuma relação com Zambelli. Disse que sempre foi à favor da vacina e que também é favorável à vacinação infantil. Mas defendeu ser prudente suspender a vacinação e avaliar os efeitos nas crianças já imunizadas.

A Secretaria de Estado da Saúde disse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes, impactando diretamente na redução de casos graves e internações por Covid-19.

A pasta estadual informou ainda que o Centro de Vigilância Epidemiológica está acompanhando e analisará o caso de Lençóis Paulista. Ainda informou que todos os casos de eventos adversos são examinados por uma comissão de especialistas antes de qualquer confirmação.

“É, portanto, precipitado e irresponsável afirmar que o caso do município está associado a vacinação. Na maioria das vezes, os casos de eventos adversos pós-vacinação são coincidentes, sem qualquer relação causal com o imunizante”, afirma a secretaria. (Informações são da Folha Press)

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