Um projeto de limpeza de rios iniciado por Diego Saldanha nos fundos de sua casa, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, ganhou destaque na COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A ideia, chamada de “ecobarreira”, já retirou quase 30 toneladas de lixo do rio Atuba e foi replicada em municípios do Pará, incluindo Belém e Benevides.
Segundo Diego, a estrutura flutuante foi desenvolvida para reter resíduos sólidos como garrafas PET, isopor e sacolas, sem prejudicar a fauna aquática. “Os peixes passam tranquilamente”, explicou. O material coletado é encaminhado para reciclagem ou descarte adequado.
O projeto nasceu de uma promessa feita aos filhos: resgatar parte da memória do rio Atuba, onde Diego brincava e pescava na infância. Como vendedor de frutas autônomo, ele pesquisou e implementou uma solução simples e econômica, que poderia gerir sozinho nos horários de folga.
Com o tempo, o projeto se expandiu para outros estados. No Pará, a iniciativa foi replicada pelo poder público, que mantém as ecobarreiras e faz a remoção periódica do lixo. Diego esteve pessoalmente no estado para acompanhar a instalação de duas barreiras, uma em Benevides e outra em Belém, cidade-sede da COP30.
Marcelo Antonio Quintiliano, serralheiro oficial do projeto, participou da montagem e aprimoramento das estruturas no Rio Benfica e no canal Tamandaré, reforçando a capacidade de reter resíduos de maneira eficiente.
Diego celebrou a visibilidade que o projeto conquistou internacionalmente: “É muito gratificante ver nossa iniciativa, que começou nos fundos de casa, sendo reconhecida e ampliada para outros lugares do país.”
O sucesso da ecobarreira mostra que soluções simples e comunitárias podem se tornar referência no combate à poluição e à preservação ambiental, inspirando ações semelhantes em outros rios do Brasil.
Informações: TN Online