Um jovem norte-americano de 24
anos admitiu que se arrependeu de não ter tomado a vacina contra a covid-19
após desenvolver sintomas graves da doença e passar por uma cirurgia de
transplante duplo de pulmão.
Blake Bargatze, que mora na
Georgia, disse à família que estava preocupado com os efeitos colaterais dos
imunizantes. Agora, ele e sua família estão incentivando outras pessoas a se
vacinarem.
Blake acredita ter sido contaminado durante um show na Flórida, em abril. Segundo contou a família à rede de TV WSB, ele desenvolveu sintomas graves da doença e precisou passar por uma cirurgia de transplante duplo de pulmão. Passados três meses, ele permanece internado em uma UTI.
A mãe do rapaz, Cheryl Nuclo,
disse que seu filho fumava cigarro eletrônico, mas não tinha doenças
preexistentes. Ela disse que ele queria esperar para receber a vacina porque
estava preocupado com os efeitos colaterais.
“Ele esperava que a vacina
pudesse ser testada por 10 anos ou mais antes de tomar, como muitas pessoas
também acreditavam”, revelou, acrescentando que espera que a história de seu
filho possa persuadir outros que estão hesitantes. “Só não quero que mais
ninguém passe por isso. É horrível”.
Na lista de candidatos a
doação
Depois de contrair o vírus,
Blake foi transferido para vários hospitais diferentes à medida que sua condição
piorava. Ele foi colocado em uma máquina de ECMO, um dispositivo que oxigena o
sangue de uma pessoa fora de seu corpo, permitindo que o coração e os pulmões
descansem. Ele entrou na lista de candidatos a receber um transplante de pulmão
e pôde fazer a cirurgia em junho.
Bargatze tomou a vacina para
covid-19 alguns dias antes de seu transplante e também convenceu alguns membros
da família hesitantes a se vacinar. Sua família disse que ele quer usar sua
experiência para educar e encorajar outras pessoas a se imunizarem.
Os Centros de Controle e
Prevenção de Doenças dos EUA informaram na semana passada que 99,5% das mortes
por COVID-19 nos Estados Unidos estão agora entre pessoas não vacinadas. As
autoridades de saúde pública continuam a recomendar que os americanos sejam
vacinados, especialmente por causa da variante delta, que se espalha
rapidamente.