KIEV/DONETSK (Reuters) – O
presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma operação militar no leste da
Ucrânia nesta quinta-feira (24), no que pode ser o início de uma guerra na
Europa devido às exigências da Rússia pelo fim da expansão da Otan para o
leste.
Início das explosões
Pouco depois de Putin falar,
uma testemunha da Reuters ouviu o som do que pareciam ser explosões à distância
da capital ucraniana, Kiev.
Explosões também abalaram a
cidade separatista de Donetsk, no leste da Ucrânia, e aeronaves civis foram
alertadas quando os Estados Unidos disseram que um grande ataque da Rússia ao
país vizinho era iminente.
Em comentários divulgados pela
mídia russa, Putin disse que autorizou uma operação militar especial em áreas
separatistas do leste da Ucrânia e que os confrontos entre forças russas e
ucranianas são apenas uma questão de tempo.
Horas depois que os
separatistas pró-Rússia fizeram um pedido a Moscou por ajuda para impedir a
suposta agressão ucraniana –alegações que os EUA descartaram como propaganda
russa–, Putin disse que ordenou que as forças russas protegessem a população e
exigiu que as forças ucranianas deponham suas armas.
Ele repetiu sua posição de que
a expansão da Otan para incluir a Ucrânia era inaceitável.
No Conselho de Segurança da
ONU, os EUA disseram pouco antes do anúncio de Putin que uma invasão era
iminente.
“Estamos aqui esta noite
porque acreditamos, junto com a Ucrânia, que uma invasão em grande escala da
Ucrânia pela Rússia é iminente”, disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas,
Linda Thomas-Greenfield, em uma reunião de emergência.
“Esta noite estamos vendo os
russos fecharem o espaço aéreo, mover tropas para Donbass e colocar forças para
posições prontas para o combate. Este é um momento perigoso.”
Por Pavel Polityuk e Polina
Nikolskaya