Na madrugada de sexta para sábado (14 para 15 de março), por volta das 3h30 da manhã, uma psicóloga e seu marido voltavam para casa da sogra, onde costumam passar os finais de semana, quando se depararam com uma gata atravessando a rua, arrastando as patas traseiras, visivelmente debilitada.
Sensibilizada com a situação, a mulher acolheu o animal e acionou uma ONG local, que prestou os primeiros atendimentos. Inicialmente, um veterinário suspeitou de uma lesão no nervo, mas o caso era mais grave. Ao levar o animal para uma nova avaliação, desta vez com o médico veterinário Urias Neto, proprietário da Clínica Arca de Noé, de São João do Ivaí, o diagnóstico foi de ferimento por tiro de chumbinho.
O estado do animal é grave e, embora a mulher e seu marido estejam dispostos a lutar pela sua recuperação, o prognóstico não é otimista. “Vamos tentar tudo por ela, mas o Neto foi claro ao dizer que as chances de recuperação são mínimas. O que mais dói é saber que ela está sofrendo há dias, sozinha, sem conseguir se defender ou pedir socorro”, desabafa a nova tutora.
O caso levanta um alerta urgente: a crueldade contra animais é crime (Lei Federal nº 9.605/98, Art. 32) e precisa ser denunciada. A impunidade e o silêncio permitem que atos como esse se repitam. Denúncias de maus-tratos devem ser feitas à Polícia Civil ou ao Ministério Público. Se presenciar ou souber de casos semelhantes, denuncie.