Com a retomada das concessões rodoviárias no Paraná, após o fim dos antigos contratos de pedágio em novembro de 2021, o governo estadual confirmou a implantação de novas praças de cobrança em diversos pontos do estado. Entre elas, está uma praça prevista para o município de Mauá da Serra, que deve entrar em funcionamento nos próximos meses por meio do modelo Free Flow (sem cancelas).
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A notícia tem gerado insatisfação entre os moradores, especialmente os que dependem diariamente da BR-376 para trabalhar, acessar hospitais e realizar outras atividades essenciais. Diante da repercussão, o prefeito Givanildo Lopes (Giva) e o vice-prefeito Sirlei Machado (Lei) reforçaram que a gestão municipal tem atuado intensamente, mesmo diante de um cenário já definido há anos.
“A população reclama com razão. Ninguém quer pagar mais para sair e voltar da cidade todos os dias. Mas nós não estamos parados. Temos ofícios protocolados pedindo o reposicionamento da praça de pedágio e buscando soluções para minimizar os impactos à nossa comunidade”, destacou o prefeito Giva.
“Já estivemos em Brasília, fomos até Curitiba, conversamos com deputados de diferentes partidos e com representantes da ANTT. Levamos nossa proposta e nossa preocupação. Não temos garantia de que vão atender, mas estamos fazendo o que está ao nosso alcance”, ressaltou o vice-prefeito Lei Machado.
O novo pedágio deve adotar o sistema Free Flow, com cobrança por quilômetro rodado. A previsão, segundo informações repassadas à prefeitura, é de que o valor seja em torno de R$ 0,19 por quilômetro. No entanto, o modelo ainda não tem data exata para começar a operar em Mauá da Serra.
A gestão municipal explica que, por se tratar de uma rodovia federal concessionada, não há margem para impedir a instalação da praça neste momento, uma vez que o processo já foi licitado e homologado. “A verdade é que essa decisão vem desde o passado. Se fosse hoje, talvez conseguíssemos mais força política para barrar. Mas quando tudo isso foi aprovado, ainda em governos anteriores, Mauá da Serra já estava incluída no plano. Estamos tentando, no mínimo, reduzir os impactos”, afirmou Giva.
O prefeito também esclareceu que não existe atualmente nenhuma lei que permita isenção automática para veículos com placas do município, e que essa ideia, apesar de desejável, não é viável legalmente. “Infelizmente, tem muita desinformação. Dizem que a prefeitura pode pagar a passagem do cidadão ou que o dinheiro do pedágio vai direto para os cofres da cidade, mas não é assim. A arrecadação depende dos quilômetros de pista em território municipal, e mesmo assim, é muito limitada”, completou.
