É gravíssimo o estado de saúde de Juliane Vieira, advogada de 28 anos que se pendurou em um suporte de ar-condicionado para salvar a mãe e o primo durante um incêndio no apartamento em que eles moravam, em Cascavel, no oeste do Paraná. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (20) pelo Hospital Universitário (HU) de Londrina, no norte do estado, onde ela está internada.
Também conforme o boletim atualizado, Juliane teve 63% do corpo queimado e está em leito de terapia intensiva, no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). Ela está instável, entubada e sedada.
A transferência entre o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), de Cascavel, e o HU Londrina – que é referência no Paraná para tratamento de queimados – aconteceu na sexta-feira (17). O transporte foi feito em um avião da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR).
Como foi o incêndio
O incêndio foi em um apartamento no 13º andar e começou na manhã de quarta-feira (15). O edifício fica no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country.
Conforme apurado pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o fogo foi visto por trabalhadores de uma obra ao lado do prédio. Eles foram até a portaria do condomínio e avisaram o porteiro, que informou os moradores, desligou o gás e a energia, e disparou o alarme de incêndio.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram a mulher pendurada na parte externa do prédio, em cima de um suporte de ar-condicionado, fazendo o resgate.
No apartamento, estavam Juliane, a mãe dela e o primo de 4 anos. Todos estavam dormindo quando o fogo começou. A prima dela, que é mãe da criança e também vive no imóvel, havia saído para ir à academia e não estava no local no momento do incêndio, segundo apurou a RPC.
Depois de sair pela janela e fazer os resgates, Juliane foi retirada pelos bombeiros.
O cachorro da família também estava no apartamento e conseguiu escapar ileso quando a porta foi aberta. Os outros moradores do prédio saíram do local em segurança. As chamas foram controladas e o imóvel, que ficou destruído, isolado para inspeção técnica. No início da tarde do mesmo dia, houve uma perícia.
Conforme o perito Rodrigo Cavalcante de Oliveira Neves, a suspeita é de que o fogo tenha começado entre a cozinha e a sala, de forma acidental.
O laudo deverá ser concluído em aproximadamente dois meses.
Informações: G1 Paraná


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