Mulher aciona a PM após ex-companheiro rondar chácara e causar medo em Godoy Moreira

A Polícia Militar foi acionada na noite de segunda-feira (27) para atender uma ocorrência de desinteligência em contexto de separação conjugal, em uma chácara localizada na Estrada do Ferradura, zona rural de Godoy Moreira.

A solicitante relatou que está em processo de separação judicial e que o ex-convivente não aceita o término, passando a ter atitudes que a deixam intimidada. Segundo ela, o homem costuma permanecer nos arredores de seu local de trabalho, sempre observando seus movimentos e, em algumas ocasiões, portando facão, martelo e outros instrumentos, o que aumentou seu temor por possíveis agressões.

A mulher também contou aos policiais que, após essas constantes rondas do ex, o local costuma amanhecer sujo, com garrafas de bebidas alcoólicas, preservativos e outros objetos, fatos que classificou como comportamento suspeito e ameaçador, levando-a a pedir ajuda da polícia.

A vítima informou ainda que o ex-companheiro estava dormindo em uma das casas da família dentro da propriedade, onde ela mantém uma granja e alguns pertences pessoais, mas tem evitado ir ao local pela presença intimidadora do homem.

Com a autorização da mulher, os policiais entraram na residência para verificar possíveis ilícitos, já que o autor é conhecido policialmente. No interior do imóvel, foram encontradas facas e facões, corroborando o relato da vítima, mas nenhuma arma de fogo foi localizada. O suspeito foi encontrado dormindo e apresentava claros sinais de embriaguez.

Ele foi abordado e, ao ser questionado, afirmou que “não há problemas entre os dois”, dizendo apenas desejar que tudo se resolva em paz, já que pretende reivindicar seus direitos no processo de separação.

A equipe orientou o homem sobre seus deveres legais e garantias constitucionais, e posteriormente orientou a vítima quanto aos direitos de representação, canais de denúncia e medidas de proteção previstas na legislação. O boletim de ocorrência foi registrado para as providências cabíveis.

A Polícia reforça que qualquer mulher que se sinta ameaçada tem direito à proteção imediata e pode buscar ajuda pelo 190 ou diretamente pelos órgãos de atendimento especializados.