Investigado por corrupção em contratos da saúde, o prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes (PSD), é acusado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) de receber propina em ao menos três ocasiões. Segundo as investigações, os encontros ocorreram dentro do condomínio onde ele morava, em momentos que coincidiram com autorizações de contratos fraudulentos com a empresa AGP Saúde.
O caso veio à tona após imagens de câmeras de segurança obtidas pelo MPPR e exibidas no programa Meio Dia Paraná, da RPC TV. No dia 17 de março de 2025, Marcondes se encontrou com Alberto Martins de Farias, auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) e apontado como líder do esquema, e com Abrilino Fernandes Gomes, identificado como intermediário. O encontro aconteceu cerca de uma hora depois de o prefeito autorizar a contratação direta da empresa, sem licitação.
Para evitar câmeras, a reunião foi realizada em um bosque do condomínio. Segundo o MP, durante o encontro, o prefeito retornou à residência e pegou uma mochila, que voltou a carregar com volume visivelmente maior.
Situações semelhantes foram registradas em 14 de abril e 6 de maio de 2025. Nesses mesmos dias, depósitos em dinheiro foram feitos em caixas eletrônicos. O MPPR estima que mais de R$ 250 mil tenham sido pagos em propina ao prefeito entre 2020 e 2024.
Informações: Tribuna Paraná