Um homem de 23 anos foi solto um dia depois de ser condenado por manter a própria esposa em cárcere privado por cinco anos, em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba. O acusado, que estava preso preventivamente desde abril, foi julgado em 19 de novembro e recebeu pena de seis anos de reclusão em regime semiaberto.
No mesmo dia da condenação, a defesa conseguiu a revogação da prisão, e ele acabou liberado no dia seguinte, 20 de novembro.
A vítima havia sido resgatada em 14 de março de 2025, junto com o filho de 4 anos. O pedido de socorro chegou por e-mail à Casa da Mulher Brasileira — semanas antes, ela também havia deixado um bilhete pedindo ajuda em um posto de combustíveis.
Após o e-mail, o suspeito chegou a ser preso, mas foi liberado dois dias depois. A prisão dele foi novamente decretada no dia seguinte, porém ele não foi encontrado. O homem permaneceu foragido por 29 dias, até se entregar em abril.
Para permanecer em liberdade, ele deve seguir determinações judiciais, entre elas comparecimento mensal ao Judiciário, proibição de frequentar bares ou consumir bebidas alcoólicas, restrições de viagem e toque de recolher em horários específicos, além da participação em 12 sessões de grupo reflexivo.
Vítima era monitorada por câmera
No resgate, a mulher relatou à polícia que era vigiada por uma câmera de segurança instalada pelo companheiro. Ela afirmou que não podia manter contato com outras pessoas sem a presença dele e que o filho do casal também permanecia trancado em casa, testemunhando agressões.
A vítima contou ainda que não tinha celular próprio e utilizava apenas um aparelho compartilhado com o homem. Em depoimento, disse ter sido amarrada e asfixiada em diversas ocasiões, além de ameaçada de morte caso revelasse o que ocorria dentro da residência. Ela foi encontrada com hematomas no corpo.
Informações: TN-Online
