Historicamente, a formação de granizo é mais comum em dias quentes e úmidos. No entanto, nessa segunda-feira (24), os termômetros chegaram 22,1ºC na cidade, temperatura não tão comum para o fenômeno.
Por isso, o g1 procurou o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) para entender o que provocou o granizo e, também, o que fez ele se manter sem derreter por tanto tempo.
Sobre o temporal, a meteorologista Julia Munhoz explicou que, à medida que a altitude aumenta, a temperatura cai – e um dos fatores para o temporal de segunda-feira foi a queda abrupta de temperatura e a energia contida na camada que fica entre 3 km e 6 km da superfície.
Por isso, apesar de não estar tão calor na superfície, estava muito frio nessa camada, o que favoreceu a formação das pedras de gelo. Outro fator foi o "cisalhamento do vento", uma variação da velocidade das rajadas conforme a altura. Segundo a meteorologista, o fenômeno fez com que a nuvem de tempestade se mantivesse por mais tempo, amadurecendo progressivamente.
Sobre a demora para o granizo derreter, o fato principal é a temperatura. No final de agosto, uma tempestade parecida aconteceu em Castro, cidade que fica a pouco mais de 30 km de Ponta Grossa. Naquele caso, as pedras de gelo também conseguiram se conservar por mais tempo no solo devido à temperatura estar baixa nas superfícies.
Informações: G1 Paraná

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