Após moradores relatarem possíveis faltas de medicamentos no posto de saúde de São Pedro do Ivaí, o Canal HP buscou informações diretamente com o prefeito Rildo Bernardes de Camargo e com a secretária municipal de Saúde, Simone Tavares. Ambos esclareceram a situação, explicaram os motivos de eventuais atrasos e reforçaram que as portas da administração estão sempre abertas para prestar contas à população.
O prefeito Rildo destacou que a gestão assumiu o município com a licitação de medicamentos ainda vigente da administração anterior. Ao encerrar esse processo, a atual administração elaborou uma nova licitação, desta vez regionalizada — medida aprovada pela Câmara de Vereadores — para que as compras fossem feitas de empresas mais próximas, garantindo entregas mais rápidas.
Entretanto, segundo o prefeito, como a licitação ocorre por itens e não por lote total, diversas empresas venceram itens específicos ofertando preços muito baixos e, posteriormente, não cumpriram os prazos de entrega. “A empresa ganhou, mas não conseguiu entregar. Aí passa para a segunda colocada, depois para a terceira, até que alguma aceite entregar. Isso gera demora e, às vezes, sensação de falta”, explicou Rildo.
Ele citou como exemplo o medicamento Pregabalina, um dos mais procurados pela população, que sofreu atraso porque a empresa vencedora não cumpriu sua obrigação contratual. Após notificações e troca de fornecedor, a entrega finalmente foi regularizada nesta semana. Para não deixar os pacientes desassistidos, o município produziu o medicamento de forma manipulada durante o período de falta, atendendo especialmente quem mais necessitava.
Rildo também reforçou que muitos medicamentos distribuídos pelo município são adquiridos com recursos próprios, e não pelo SUS. Por isso, a administração trabalha com controle rigoroso para evitar desperdícios e garantir o acompanhamento correto do tratamento. “Não existe remédio para a vida inteira. O médico precisa acompanhar. Às vezes, o medicamento deixa de fazer efeito ou pode causar outros problemas. Por isso o retorno ao médico é essencial”, afirmou.
O prefeito ainda lembrou que boatos e informações distorcidas acabam confundindo a população, e reforçou que o posto de saúde é o canal correto para buscar remédios e tirar dúvidas. “Não é vereador, não é vizinho, não é alguém da rua que tem que falar. O remédio é seu, quem tem que ir ao posto buscar é você. E estamos aqui para orientar”, completou.
Já a secretária de Saúde, Simone Tavares, confirmou que a Pregabalina foi o único medicamento com atraso significativo devido ao problema na licitação, mas garantiu que jamais houve desassistência total. “Manipulamos o medicamento para atender a população e agora a entrega está normalizada. Outros medicamentos, como o AS, que vêm pela Regional de Saúde, também podem sofrer atraso por falta de insumos em Curitiba, mas buscamos reposição constantemente”, explicou.
Simone informou que os controles internos mostram exatamente quem retirou medicamentos e quando deve retirar novamente, evitando a impressão de falta quando o prazo ainda não venceu. Ela afirmou ainda que o município já prepara os pedidos de dezembro e janeiro, antecipando-se ao período em que fornecedores costumam suspender entregas por causa das festas e férias coletivas. “O prefeito sempre reforça: não queremos que falte. E estamos planejando tudo para evitar qualquer situação como essa”, disse.
Ambos reforçaram que qualquer morador que tiver dúvidas ou dificuldades pode procurar diretamente a Secretaria de Saúde ou o gabinete do prefeito para esclarecimentos. “Nosso compromisso é atender bem a população e garantir transparência total. Se faltar, me procure, que eu mesmo vou buscar a explicação e resolver”, reforçou Simone.


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