Um vídeo divulgado pela vereadora Luci da Silva, de Itambé, repercutiu em toda a região após indígenas denunciarem que trabalharam cerca de 90 dias no corte de cana, em serviço ligado à empresa Renuka Vale do Ivaí, de São Pedro do Ivaí, e não receberam pelos dias trabalhados. A gravação mostra o grupo afirmando estar há três meses aguardando pagamento e denunciando condições análogas à escravidão.
No vídeo, os trabalhadores relatam que foram trazidos de outro estado para atuar no corte de cana em Itambé e que a proposta apresentada seria de apenas R$ 1.500, valor correspondente a aproximadamente 30 dias de serviço, apesar dos 90 dias trabalhados. Eles dizem não ter condições de retornar às comunidades de origem sem receber o que consideram ser seu direito.
A reportagem do Canal HP esteve na manhã desta terça-feira (21) em frente à sede da Renuka, em São Pedro do Ivaí, repercutindo o caso que viralizou nas redes sociais. Em seu relato, o indígena Jandir afirmou que o grupo está sem receber “nenhum centavo” e pediu ajuda dos órgãos públicos. Uma representante sindical que acompanha os trabalhadores também criticou a situação e cobrou uma solução imediata.
Fontes ligadas à Renuka informaram ao Canal HP que advogados da empresa estão reunidos com o Ministério do Trabalho em São Paulo, tentando formalizar um acordo. Segundo o que foi apurado, a usina afirma ter contratado uma empresa terceirizada responsável pela mão de obra e que teria repassado integralmente os valores a essa contratada, que por sua vez não efetuou o pagamento aos indígenas. Apesar disso, a Renuka não pretende se isentar do problema e busca uma saída para que os trabalhadores recebam.
A reportagem aguarda a nota oficial da Renuka, que será inserida no texto assim que for enviada à redação. O caso também deve ser acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho e a Funai.
O Canal HP seguirá acompanhando o caso e trará atualizações a qualquer momento.


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