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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Morador de Sarandi combate na guerra da Ucrânia: ‘Situação caótica’



O sarandiense Cristiano Correa, de 35 anos, vive há quase cinco meses na Ucrânia, onde atua como combatente na guerra contra a Rússia. Em entrevista, ele relatou os motivos que o levaram ao país, a rotina de treinamentos, as missões no front e a dura realidade enfrentada diariamente em uma das regiões mais afetadas pelo conflito.


Cristiano mora em Sarandi desde 2015, onde seus pais vivem há cerca de 25 anos, no Jardim Verão. No Brasil, trabalhou como analista de licitação e também atuou na Prefeitura de Paiçandu. Na entrevista ao portal ele conta que sempre teve interesse pela vida militar e cumpriu apenas o serviço militar obrigatório.

A decisão de ir para a Ucrânia surgiu após conhecer brasileiros que já atuavam no conflito. Com apoio de recrutadores, conseguiu ingressar em uma unidade ligada ao sistema de inteligência ucraniano, conhecida como GUR. Atualmente, ele atua na linha de frente e realiza missões na região de Zaporizhzhia, uma das áreas mais disputadas da guerra.

Segundo Cristiano, o cenário no front é extremamente difícil. Ele afirma que a principal ameaça hoje são os drones russos, responsáveis pela maior parte das mortes no conflito. “Muita gente morre sem nem ver o inimigo. Você olha para o céu e vê dezenas de drones”, relatou. Ele também destacou a superioridade numérica e de equipamentos das forças russas.

Cristiano afirma que sua motivação para permanecer na guerra é humanitária e religiosa. “Como cristão, me sensibilizei com o que acontece aqui. Muita criança, idoso, gente inocente morrendo. É muita injustiça”, disse.


A rotina envolve períodos intensos de treinamento e missões pontuais no front. Diferente de outras brigadas que permanecem continuamente na chamada “linha zero” — área de confronto direto —, o batalhão do qual ele faz parte atua em missões específicas e depois retorna para regiões mais seguras. Ainda assim, os riscos são constantes.

Ele explica que o contrato mínimo para combatentes estrangeiros é de seis meses, com possibilidade de desistência apenas nos dois primeiros. Segundo ele, algumas brigadas obrigam os soldados a cumprir integralmente o período, enquanto outras, como a dele, são mais flexíveis em situações excepcionais.

Além dos riscos físicos, Cristiano também relata dificuldades com alimentação e saúde. Desde que chegou à Ucrânia, não come carne vermelha, basicamente se alimenta de carne de porco, sopas e alimentos simples. No front, improvisa com miojo, frutas e café. Ele afirma ter perdido cerca de 10 quilos desde que chegou ao país.

Atualmente, Cristiano está em treinamento e deve retornar em breve para novas missões em Zaporizhzhia. Ele alerta brasileiros que pensam em se voluntariar para o conflito. “Quem pensa em vir para cá, eu aconselho a não vir. Quando você acha que está ruim, a realidade é muito pior”, afirmou.

O combatente também enviou um vídeo no qual detalha ainda mais o dia a dia, as condições no campo de batalha e a convivência com voluntários de outros ,países, como Estados Unidos, França, Colômbia e Suíça

Informações: GCM 

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SÃO PEDRO DO IVAÍ

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GODOY MOREIRA